Carros rebaixados – Beleza ou dor de cabeça?
Muitas pessoas, principalmente jovens do sexo masculino, gostam de carros rebaixados. Seja por estética ou para chamar a atenção, o importante é que se deve levar em consideração vários fatores antes de fazer alterações no carro.
Primeiramente, deve-se ir ao Detran do seu município (Setor de Modificações) pedir uma autorização, preencher um formulário e especificar o que se pretende modificar.
Depois, é a hora de escolher uma oficina de confiança para que as alterações fiquem de acordo com as normas e o carro ofereça segurança. Muitas pessoas resolvem cortar as molas ou comprimi-las porque o custo é mais baixo, mas o carro ficaria comprometido. O ideal é instalar molas e amortecedores especiais, porém o custo é elevado.
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Molas com regulagem de altura e sistemas com rosca ou a ar não são permitidos. Outro fator que se deve levar em consideração é a altura do veículo. Do chão até a parte inferior dos fárois, a altura mínima deve ser de 48 cm.
Depois de realizada todas as alterações, o veículo e as notas fiscais das peças e serviços devem ser levados à um instituto credenciado pelo Inmetro para que sejam avaliados.Passando nos testes, um Certificado de Segurança Veicular será emitido.
A seguir, é só levar o carro rebaixado e o certificado ao Detran para que um novo documento seja emitido especificando a nova medida (medida verticalmente do solo ao ponto do farol baixo do veículo).
Apesar de veículos rebaixos serem estilosos, deixarem o carro com um visual mais esportivo e proporcionar maior estabilidade, eles também trazem dor de cabeça.
A maioria das seguradoras não oferecem cobertura para esse tipo de veículo. Quando oferecida, pode esperar por um valor bem elevado já que esses veículos estão mais expostos à fatores de risco.
O veículo não é confortável, você sente muito mais os desníveis. Deve-se ter bastante cuidado ao dirigi-los já que nas ruas do nosso país há lombadas, valetas e, principalmente, buracos.
Num acidente, os carros rebaixados oferecem menos segurança do que veículos do mesmo modelo original. No vídeo abaixo podemos ver isso mais claramente. O carro original ficou praticamente intacto enquanto o rebaixado foi quase destruído.
http://youtu.be/zbKtuRMJrsg
O ideal é que o carro rebaixado não seja o mesmo usado no dia-a-dia. Ele deve ficar reservado apenas para os finais de semana. Antes de alterá-lo, pense bem e saiba que você terá que dar manutenção constantemente. Então prepare o bolso.
Se depois de todas essas informações você ainda deseja e pode ter um carro rebaixado legalizado, faça as alterações e bom proveito.
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Sobre o autor
O pai de André já teve alguns carros clássicos antes de falecer, como Diplomata, Chevette e Opala. Após completar 18 anos, tirou carteira de moto e carro, comprando então sua primeira moto, uma Honda Sahara 350. Fez um curso de mecânica de motos para começar uma restauração na moto, e acabou aprendendo também como consertar alguns problemas de carros. Seu primeiro carro foi uma Nissan Grand Livina de 2014 e pretende em breve comprar uma picape diesel. No caminho, vai compartilhando tudo que aprende no site Carro de Garagem.
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