Como comprar um carro com segurança? Pagar e receber!
Chances são de que se você for comprar um carro usado, você poderá ter que negociar diretamente com o vendedor e não com uma concessionária ou revendedora. Pode ser um amigo, um parente, algum desconhecido ou alguém que foi indicado para você. Supondo que você já tenha pesquisado bastante, revisado o carro junto ao seu mecânico e tenha buscado todos os defeitos possíveis no veículo, é hora de efetuar o pagamento e a transferência do mesmo. Mas como fazer isso com completa segurança, evitando um golpe?
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O recibo do veículo é a garantia final de que ele foi repassado ao seu nome. Ele deve ser o documento mais importante em qualquer transação envolvendo um veículo e deve ser transferido para o seu nome o quanto antes. Porém, é importante que o pagamento seja feito e é aí que pode estar o problema.
Alguns vendedores só querem transferir o veículo mediante o pagamento imediato ou transferência bancária. E alguns mal intencionados, inclusive utilizam-se disso para aplicar um golpe. Imagine ir a uma agência bancária com o vendedor e logo depois, o carro que você iria comprar “sumir”. É um tipo de golpe muito comum e que pode ser facilmente evitado com alguns cuidados.
A primeira coisa que você deve fazer é ir a um advogado e fazer um contrato completo, destacando as condições do veículo e condições para o pagamento do mesmo. Desta forma, você também garante que o vendedor não te passará a perna, uma vez que ele deve ser sincero ao repassar dados mecânicos e de acidentes que o carro possa ter sofrido. Se o vendedor ou comprador não topar o negócio, pode ter certeza de que há alguma coisa escondida. E aí é hora de buscar outra opção.
Uma nota promissória também pode ser usada para garantir o pagamento, se você estiver seguro quanto a idoneidade do comprador. Ela deve ser utilizada principalmente para casos de parcelamento, garantindo que as parcelas serão pagas ou então você poderá contestar a nota em um cartório.
Comprar um veículo usado e sem envolver uma concessionária é algo bem complicado e que pode trazer dores de cabeça. Veja meu exemplo: comprei uma moto Sahara de 1995 de um vendedor que não sabia muito sobre a moto e cobrou um valor bem alto por ela. Achando que estava fazendo um bom negócio, fui a um cartório com ele e transferimos o veículo para o meu nome. No mesmo dia, fomos a uma agência bancária, transferi o dinheiro e saquei o restante do pagamento. A moto estava em meu nome, mas nada impediria que ele desaparecesse com o veículo, coisa que não ocorreu. Mas depois de um tempo, a moto apresentou problemas e descobri modificações que poderiam ter feito o valor dela baixar ainda mais. E meus custos com ela só aumentaram, apesar de estar satisfeito com meu veículo. Tudo isso poderia ter sido evitado com um contrato, mais paciência na compra e uma pesquisa melhor.
A pressa é a inimiga da perfeição e a melhor amiga do prejuízo. Livre-se dela e você dificilmente será passado para trás em uma transação.
Sobre o autor
O pai de André já teve alguns carros clássicos antes de falecer, como Diplomata, Chevette e Opala. Após completar 18 anos, tirou carteira de moto e carro, comprando então sua primeira moto, uma Honda Sahara 350. Fez um curso de mecânica de motos para começar uma restauração na moto, e acabou aprendendo também como consertar alguns problemas de carros. Seu primeiro carro foi uma Nissan Grand Livina de 2014 e pretende em breve comprar uma picape diesel. No caminho, vai compartilhando tudo que aprende no site Carro de Garagem.
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