Como funciona o câmbio de dupla embreagem?
Muita gente sabe que os carros vêm com dois tipos básicos de câmbio, são eles:
- Manual – Aquele que o motorista precisa fazer a troca das marchas.
- Automática – Este tipo de câmbio faz todo o trabalho de mudança de marcha para o motorista.
O que muita gente não sabe é que existe um sistema intermediário, que permite que você usufrua das duas opções citadas acima. Eles são chamados de câmbio de dupla embreagem.
Características do Câmbio de dupla embreagem
Conhecido por DCT, ele oferece a função de duas caixas de câmbio em uma que utiliza duas embreagens, mas não tem pedal. A presença de eletrônicos e hidráulicos bem sofisticados é a responsável por controlarem as embreagens.
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No câmbio DCT as embreagens funcionam independentemente. Uma das embreagens é responsável por controlar as marchas ímpares, já a outra embreagem é responsável por controlar as marchas pares. Com a utilização deste recurso, as marchas podem ser trocadas sem interromper o fluxo de potência do motor para o câmbio.
Existe a possibilidade de escolher um modo totalmente automático, neste modo, as trocas de marcha são feitas pelo computador. O choque de troca de marcha neste modo automático, praticamente não é sentido.
Como funciona a divisão de marchas?
Isso tudo só é possível, pois existe um sistema muito engenhoso que é composto por duas árvores, elas são responsáveis por separar pares e ímpares.
Como já foi dito anteriormente, a DCT divide as marchas entre os números pares e ímpares. A árvore externa é totalmente oca, ela deixa um espaço para a árvore interna, a árvore externa é responsável da segunda e quarta marchas enquanto a interna controla a primeira, terceira e quinta.
Outra diferença dos câmbios DCT, são que eles não precisam de conversor de torque. Eles utilizam embreagem multi-disco em banho de óleo. Este tipo de embreagem tem seus componentes banhados por algum tipo fluido lubrificante, isso acontece para reduzir o atrito, além de limitar a produção de calor.
No momento em que a embreagem é acoplada, a pressão hidráulica dentro do pistão exerce uma força em um conjunto de molas helicoidais, desta forma, elas se expandem, esta expansão é responsável por empurrar uma série de placas de embreagem e disco de atrito, eles estão empilhados contra uma placa de pressão fixa.
Para poder desacoplar a embreagem, esta pressão sobre o pistão é reduzida, permitindo assim que as molas do pistão relaxem. Confira este aumento e perda de pressão no infográfico a seguir:
Ficou bem claro o funcionamento destes modernos câmbios de embreagem dupla? Esta tecnologia está avançando de forma impressionante, muitos especialistas já consideram inevitável que seja o padrão de um futuro não muito distante.
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Sobre o autor
O pai de André já teve alguns carros clássicos antes de falecer, como Diplomata, Chevette e Opala. Após completar 18 anos, tirou carteira de moto e carro, comprando então sua primeira moto, uma Honda Sahara 350. Fez um curso de mecânica de motos para começar uma restauração na moto, e acabou aprendendo também como consertar alguns problemas de carros. Seu primeiro carro foi uma Nissan Grand Livina de 2014 e pretende em breve comprar uma picape diesel. No caminho, vai compartilhando tudo que aprende no site Carro de Garagem.
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