Sintomas de correia dentada ruim, desgastada ou quebrada!
A correia dentada trabalha com um sistema de polias e tensores no motor e cabeçote para fornecer a energia para o ar condicionado, alternador, direção hidráulica, e até o sistema de refrigeração de um veículo. Ela mantém também o tempo das válvulas e da parte inferior do motor em cheque, garantindo que as partes de um motor estão funcionando em sincronismo.
Uma correia dentada dura por uma certa quilometragem ou por até 5 anos (geralmente, dependendo da fabricante) antes de precisar de substituição. Porém, dependendo do uso dado ao veículo, da manutenção, da qualidade da correia, entre diversos outros fatores, uma correia pode apresentar defeitos antes desse prazo, e vários sintomas deixam claro esses problemas.
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Sintomas de correia dentada ruim: ruídos
Se você notar um ruído alto vindo da frente de seu veículo, algo um “nheco nheco” repetido, pode ser um problema da correia dentada, causado por um desalinhamento ou desajuste. A única maneira de fazer o barulho ir embora é entrar em contato com um mecânico profissional e substituir a correia, ou tensioná-la corretamente.
Sintomas de correira dentada ruim: superaquecimento do motor
Quando a correira dentada ajuda a fornecer energia para resfriar o motor, ela pode contribuir para o aquecimento do motor. Assim que o motor começar a superaquecer, leve o seu veículo a um mecânico, pois se sua correia dentada se romper, isto pode causar sérios danos ao seu motor. Claro, além dos danos que o superaquecimento já pode causar por conta própria.
Correia dentada: quando substituir?
Como regra geral, você deve procurar no manual do seu veículo a quilometragem da troca da correia dentada ou fazer a troca de 5 em 5 anos, reduzindo esse tempo se o veículo é usado em situações mais extremas (muita poeira, zonas de mineração, muita poluição, etc). Fóruns, concessionárias, clubes de carros são ótimos lugares para encontrar o manual do seu veículo, caso você não tenha.
Para o melhor diagnóstico possível de uma correia dentada, a melhor solução é sempre uma inspeção visual. Durante a inspeção visual, é possível descobrir a situação de uma correia dentada e a partir da situação da correia, saber o que está acontecendo com ela e qual o procedimento adequado a ser tomado, pois o problema nem sempre está diretamente ligado à correia dentada, ao seu ajuste, ou ao ajuste das polias.
Rachaduras aleatórias no corpo da correia dentada
Aparência: pequenas fendas ainda visíveis ao longo do comprimento de uma nervura.
Causa: a exposição contínua a altas temperaturas e o estresse de flexão em torno das polias leva a rachaduras. Rachaduras começam no topo do friso e crescem para a linha da corda. Como regra, se as rachaduras aparecem com 1 ou 2 cm de distância, 80% da vida útil da correia dentada já foi e ela deve ser substituída.
Solução: substitua por uma correia dentada que seja fabricada com um material resistente ao calor e abrasão, como as que são blindadas com teflon.
Pedaços da correia dentada faltando
Aparência: de material de borracha da correia estão faltando.
Causa: acontecer quando várias rachaduras se concentram em um único ponto. Calor, tempo de uso, e estresse são os principais contribuintes.
Solução: substitua por uma correia dentada que tenha resistência maior à abrasão e seja flexível o suficiente para as específicações do seu motor.
Material se acumulando nas ranhuras da correia dentada
Aparência: material da correia dentada de desgasta e acumula nas ranhuras da correia.
Causa: algumas, incluindo o desalinhamento, novas correias colocadas em polias desgastadas, falta de tensão ou uma combinação destes fatores.
Solução: quando este problema leva ao ruído cinto ou excesso de vibração da correia, ela deve ser substituída. Verifique todo o kit de tensionador, correia, e polias, para não usar itens desgastados e ter que pagar por um serviço duas vezes.
Abrasão da correia dentada
Aparência: parte traseira da correia tem uma aparência brilhante. Em estágios avançados, o tecido ou até mesmo a trama da correia fica exposta.
Causa: quando em movimento, o cinto faz contato com um objeto estranho em seu caminho, como um flange ou parafuso. Isto pode ser causado pela tensão da correia ou por vibração indevida da correia.
Solução: substitua a correia e verifique o funcionamento do motor para a vibração, garantindo que não há vibrações irregulares no funcionamento.
Separação de ranhuras da correia
Aparência: uma ranhura da correia se separa ou começa a se rasgar.
Causa: a correia não está na posição correta. Uma das ranhuras da correia é escapa da polia, tirando a correia do alinhamento.
Solução: a vida útil da correia foi severamente limitada, e ele deve ser substituído imediatamente. Certifique-se de todas as ranhuras da correia nova estão ajustados corretamente. Execute o motor e, em seguida, com o motor desligado e a bateria desconectada, inspecione a correia para verificar se todas as ranhuras ainda estão alinhadas.
Desgaste desigual nas ranhuras da correia dentada
Aparência: uma ranhura que apresenta um padrão de desgaste diferente dos outros.
Causa: um objeto estranho na polia irá causar desgaste irregular e pode cortar a correia, rompendo-a.
Solução: substitua a correia e certifique-se as novas pistas de correia nas polias estão perfeitas. Instale um escudo de proteção do motor para proteger a correia dentada.
Contaminação de cascalho, minério de ferro, e outros minerais na correia dentada
Aparência: furos, desgaste, secura, manchas, concentração de minerais e poeira na correia dentada.
Causa: acúmulo de minerais na correia dentada, geralmente em veículos onde não há capa protetora para a correia ou onde a capa não foi instalada corretamente.
Solução: verifique a unidade inteira e substitua por uma correia dentada teflonada, mais resistente ao uso mais agressivo.
Ranhuras mais externas da correia dentada danificadas
Aparência: ranhuras mais externas parecem vitrificadas ou muito danificadas, e um ruído perceptível é resultante. Em casos graves, a correira pode até ser puxada para dentro do motor.
Causa: desalinhamento da polia é uma causa comum, o que leva a esse problema e pode causar também a torção da correia dentada.
Solução: substitua a correia e certifique-se de realinhar as polias. Verifique também se as polias, suportes de polias e que os eixos não estão tortos ou quebrados.
Contaminação de óleo na correia dentada
Aparência: a superfície da correia está pegajosa ou grudenta.
Causa: óleos e gorduras são os piores inimigos de um composto de borracha, enfraquecimento dos laços do composto e fazendo a correia macia e esponjosa. Eventualmente, tal correia vai escorregar, gerar calor e falhar.
Solução: elimine fontes de óleo, graxa ou contaminação química. Substitua a correia. Não use sprays comerciais para fazer a limpeza da correia dentada
Correia dentada arrebentada
Aparência: a correia arrebentou.
Causa: um grande objeto estranho entre a correia e a polia pode cortar e rompê-la. Carga excessiva, ajuste incorreto, instalação incorreta da correia, entre outros fatores podem influenciar na correia arrebentar.
Solução: verifique cuidadosamente todos os componentes da unidade por objetos estranhos ou danos. Todas as polias na unidade devem girar livremente. Substitua a correia dentada e certifique-se de não forçar a nova correia para a unidade com ferramentas inadequadas.
Instalação da correia dentada e sincronismo do motor
O mais importante ao instalar a correia dentada em um carro é o sincronismo do motor. O sincronismo, basicamente, é colocar o comando de válvulas do carro funcionando no mesmo momento que os pistões do veículo, de forma a evitar que as válvulas “batam” na cabeça dos pistões e também que o motor perca potência, com as explosões acontecendo com as válvulas ainda abertas. Para que esse sincronismo seja feito com perfeição, é necessário utilizar ferramentas especiais, e uma boa oficina mecânica e um bom mecânico tem isso sempre.
Ficou alguma dúvida? Acha que sua correia dentada está com algum problema que a gente não falou aqui? Deixe nos comentários sua dúvida e nós vamos responder o quanto antes!
Sobre o autor
O pai de André já teve alguns carros clássicos antes de falecer, como Diplomata, Chevette e Opala. Após completar 18 anos, tirou carteira de moto e carro, comprando então sua primeira moto, uma Honda Sahara 350. Fez um curso de mecânica de motos para começar uma restauração na moto, e acabou aprendendo também como consertar alguns problemas de carros. Seu primeiro carro foi uma Nissan Grand Livina de 2014 e pretende em breve comprar uma picape diesel. No caminho, vai compartilhando tudo que aprende no site Carro de Garagem.
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