Suzuki V-Strom 1000 ABS – Preços e características!
Já faz algum tempo que a Suzuki vem perdendo espaço no mercado brasileiro. Podemos citar o caso da Citycom 300i da Dafra, que vem tomando espaço do Suzuki Burgman. A japonesa demorou a reagir e hoje o Burgman só tem ganho nas mais baixas cilindradas enquanto as outras marcas entram pesado com maxi-scooters acima de 300 cc.
A demora para reagir aos concorrentes e às tendências de mercado não foi diferente com a V-Strom 1000. Tida como um sonho de consumo há alguns anos por muitos e um modelo de referência, ela perdeu espaço para as maxi-trails da BMW, a ressurreição da Yamaha Ténéré, às inovações na Transalp e à introdução da Kawasaki Versys. Percebendo sua desatualização, a V-Strom foi retirada do mercado brasileiro para voltar renovada ao mercado no final de junho de 2014. Mas será que ela terá fôlego para concorrer com as outras marcas?
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Os diferenciais do ABS e do controle de tração: foco na eletrônica
Ao contrário de outras marcas que já instituíram o ABS em motocicletas a partir de 300 cc, a Suzuki só agora implementou o ABS na sua Maxi-Trail topo de linha. Principalmente por ser uma moto de asfalto, essa adição poder ser um grande diferencial na segurança e dirigibilidade. Porém, ainda é um sistema relativamente “novo”, que pode ter problemas de manutenção no pós venda e que só com o tempo poderemos descobrir.
Além do ABS de série, a Suzuki V-Strom 1000 vem com o controle de tração eletrônico. Este sistema impede que a roda traseira gire em falso ou patine, mantendo a estabilidade. Com três regulagens possíveis (uma para pisos molhados, outra mais esportiva e claro, o sistema desligado), a motocicleta busca com sua eletrônica proporcionar uma experiência de viagem muito mais segura para seus pilotos.
Uma motocicleta para estradas
A Suzuki deixa claro nas escolhas de design e dos itens de série para a V-Strom que ela foi feita para o asfalto. Os pneus de asfalto deixam isso bem claro, além de kits de suspensão com curso pequeno, voltado mesmo para as irregularidades normais de asfalto. Isso não significa que você não possa arriscar uma estrada de terra, mas as concorrentes podem ser mais atraentes àqueles que tem um espírito mais aventureiro gostando de um pouco de lama e poeira.
Especificações Técnicas da V-Strom 1000 ABS
Antes de compararmos a Suzuki V-Strom com suas concorrentes, vamos ver a ficha técnica da criança:
Preço: R$ 55.900
Motor: 1.073 cc; V2; 8V; refrigeração líquida; DOHC
Potência: 101 cv (a 8.000 rpm)
Torque: 10,5 kgfm (a 4.000 rpm)
Câmbio: Seis marchas
Dimensões: 2.285 mm (comprimento) x 1.410 mm (largura); 850 mm (altura do banco)
Peso: 228 kg (em ordem de marcha)
Tanque de combustível: 20 litros
Freios: dianteiro, dois discos com 310mm de diâmetro; traseiro, disco simples com 260mm de diâmetro.
Cores: branca, vermelha, preta e bege
Consumo médio: 20,9 km/l
Produção: CKD (“Complete Knock-Down”. Método onde as peças da motocicleta são trazidas ao país para serem montadas no Brasil)
Outros: ABS de série, controle de tração, suspensão ajustável
Comparando a V-Strom 1000 ABS com sua geração anterior
Desde quando foi retirada do mercado brasileiro em 2009, a V-Strom 1000 perdeu 8 kg para ajudar na agilidade e manuseio da motocicleta. A moto também perdeu 2 litros do tanque, mas ganhou um melhor consumo de 20,9 km/l em comparação aos 18 km/l da antiga V-Strom. Gostaria de abrir aqui um destaque para este consumo menor, já que ao meu ver a V-Strom sempre foi beberrona e é uma grande notícia saber que ela saiu de sua clínica de reabilitação curada de seu “alcoolismo”. O design também ganhou alguns retoques, mas deixando claro que ela veio para ficar nas estradas.
Comparando a V-Strom com suas concorrentes
Vamos começar pelo preço, que acho que é um dos fatores mais importantes. No segmento das Bigtrails, temos:
Triumph Explorer 1200 ABS: R$ 55.400
Ducati Multistrada 1200 ABS: R$ 59.900
Yamaha XT 1200Z Super Ténéré: R$ 55.990
BMW F 800 GS: R$42.900
BMW R 1200 GS: R$83.900
Honda VFR 1200X: R$76.979
Suzuki V-Strom 1000 ABS: R$ 55.900
Kawasaki Versys 1000 ABS: R$49.990
Nota do autor: ainda temos as motos da BMW nas versões Adventure, mas vamos excluí-las deste comparativo para simplificar a comparação.
Como podemos ver, a V-Strom está muito bem posicionada entre suas concorrentes diretas, que são a Multistrada, a Explorer, a Super Ténére, a Versys e a F800 GS, mesmo com menos cilindradas que suas concorrentes. Também em comparação, a V-Strom é menos versátil que a concorrência, com um perfil claramente voltado para o asfalto e não para as estradas de terra.
A V-Strom é também uma das poucas que não possibilita desligar o ABS, tornando a direção na terra bem complicada.
O conforto maior, o menor consumo e a eletrônica topo de linha conferem a este modelo diferenciais que atrairão muitos daqueles que sonhavam com uma V-Strom anos atrás. Ainda precisamos esperar um pouco mais para saber do pós-venda e se estes novos acréscimos eletrônicos não serão uma dor de cabeça muito grande para os novos proprietários.
Conforto acima de tudo
Dificilmente a concorrência tem motocicletas mais confortáveis do que a V-Strom para o asfalto. Assim como os modelos mais antigos, a V-Strom sempre foi um grande destaque no conforto e agora adicionou segurança e mais manuseabilidade com o peso menor. O bom torque em baixas e médias rotações possibilita uma evolução mais natural da aceleração, além de proporcionar muito pouca vibração em giros mais altos, necessários para atingir a maior potência da motocicleta.
Vale a pena a Suzuki V-Strom?
Sugerir uma motocicleta para alguém é quase como sugerir a mulher perfeita para um amigo. O que podemos dizer é que a nova Suzuki V-Strom se sai bem em relação à concorrência nesse primeiro momento. Não é uma moto para quem gosta de pegar uma estrada de terra de vez em quando, mas é ideal para quem gosta de longas viagens pelas rodovias do país. Quem busca uma motocicleta mais versátil tem que optar pela Super Ténéré ou os modelos da BMW. As demais concorrentes ainda precisam mostrar mais no quesito versatilidade para um bom custo benefício.
Dito isto, queremos saber sua opinião: O que você acha do novo modelo da Suzuki? Compartilhe nos comentários!
Sobre o autor
O pai de André já teve alguns carros clássicos antes de falecer, como Diplomata, Chevette e Opala. Após completar 18 anos, tirou carteira de moto e carro, comprando então sua primeira moto, uma Honda Sahara 350. Fez um curso de mecânica de motos para começar uma restauração na moto, e acabou aprendendo também como consertar alguns problemas de carros. Seu primeiro carro foi uma Nissan Grand Livina de 2014 e pretende em breve comprar uma picape diesel. No caminho, vai compartilhando tudo que aprende no site Carro de Garagem.
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