Viagem com GPS ou mapa impresso?
Você pode deixar seu coração ser seu guia. Mas quando você estiver indo a lugares desconhecidos, um receptor de GPS ou mapa são provavelmente as melhores lideranças. Ambos os dispositivos podem ser mágicos, oferecendo aos seus usuários, quatro elementos principais quando bem utilizados: localização, distância e informação direcional, rastreamento e criação de rota. Com estas informações, os viajantes sabem onde eles estão e, mais importante, como chegar onde eles querem ir.
Cada um tem vantagens e desvantagens, assim como um melhor uso.
Atualização constante dos sistemas e mapas GPS contra os mapas em papel
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As informações fornecidas pelos sistemas de GPS é constantemente atualizada, incluindo preços de pedágios, postos de gasolina no caminho, que o ajuda a permanecer informado sobre mudanças nas rotas e estradas. Além dos satélites ao redor da terra, as empresas que fabricam os GPS, sejam elas fabricantes de aparelhos individuais ou mapas para smartphones, atualizam seus mapas constantemente. Já um mapa tende a se tornar obsoleto rapidamente, por maior que seja a frequência com que ele seja publicado.
Apesar disso, há mapas que pode conter informações mais completas do que GPS. Isto porque como as empresas de GPS pegam informações de fotos de satélites que estão em órbita, algumas estradas, pontos importantes entre outros deixam de ser mapeados. Já um mapa escrito tende a ter todas estas informações, de forma mais completa, inclusive com informações completas sobre o caminho a ser seguido.
Navegação pelo GPS contra a navegação via mapa
Se você não sabe usar um mapa, apesar de usar um GPS ser muito mais fácil de compreender, você também não saberá usar um GPS. Apesar de sistemas GPS darem praticamente todas as informações que você precisa, quem “lê” um GPS precisa considerar variações que a maior parte dos GPS não informa, como pontes no caminho, se a estrada é asfaltada ou não, se há vilarejos onde você pode parar para descansar, se o bairro por onde o veículo vai passar é perigoso ou não e muito mais. Além do bom senso, cabe a quem utiliza um GPS compreender que o sistema não faz milagres, só facilita a vida de quem precisa viajar.
Já com o mapa, o leitor tem praticamente uma necessidade de entender as informações e lugares que ali estão. Por isso, ele faz uma pesquisa mais aprofundada, algo que o GPS atrapalha por deixar o motorista “preguiçoso”. Não que seja ruim usar um GPS ou que todo mundo que utiliza um sistema desses seja preguiçoso, mas a tendência é que com a tecnologia, nós deixemos de usar um pouco nossas habilidades básicas até de navegação e senso de direção.
Adicione a isso alguns erros comuns em aparelhos GPS, como distâncias e tempos de chegada, um cálculo com um mapa pode ser muito mais preciso e eficiente.
Uso independente do sistema GPS contra o uso independente de um mapa
Sistemas GPS precisam de bateria, conexão com satélites e (no caso de smartphones) uma rede 3G. É necessária a conexão com no mínimo, 4 satélites para se obter uma posição precisa do veículo com um sistema GPS. Às vezes, a área onde você está pode ter um efeito sobre a intensidade do sinal. Se o sinal estiver fraco ou irregular, tente passar para um local sem obstruções.
Pode ter certeza absoluta: o sistema GPS vai falhar quando você mais precisar. Você pode pedir informações para as pessoas na rua, se estiver em um lugar mais movimentado. Mas e quando estiver no meio do nada? Um mapa e uma bússola te darão, com um suficiente grau de precisão, uma ideia de onde ir. Além disso, um mapa e uma bússola não precisam de um tempo para serem ligados e podem ser acessados como fonte de informação com maior velocidade, na maior parte das vezes.
Direção certa no GPS contra direção certa nos mapas
Os pontos de passagem são pontos que você pode colocar na memória do seu GPS para uma viagem particular. Eles podem ser o local que você planeja para o acampamento, onde você estacionou seu carro ou outros lugares interessantes ao longo do caminho.Você pode inserir mais de um ponto de passagem para cada viagem. Enquanto você estiver caminhando, você pode ver os “waypoints” na tela do GPS.
Quando você está pronto para ir a um destino, basta pressionar o botão go-to, e uma seleção de destinos aparecerá em sua tela. Selecione aquele que você quer e o receptor GPS vai deixar imediatamente você sabe o quão longe ele está e em que direção você precisa para viajar para chegar lá. Ele vai atualizar continuamente enquanto você caminha, assim você vai saber se você está indo fora do curso, quanto mais você precisa para viajar e até se atualiza sozinho, caso você pegue um caminho errado. Tudo isso orientado junto a uma bússola interna que praticamente todos os sistemas GPS possuem.
A tecnologia GPS tem melhorado muito nos últimos anos, mas os receptores ainda se confundem. Erros de cálculos, direções de vias, caminhos errados ainda são comuns com sistemas GPS. Um mapa bem usado não precisa de tantas atualizações. Apesar disso, se a cidade ou lugar estiver sob obras ou teve alguma via que sofreu alteração, um mapa não irá informá-lo. Vale lembrar que placas ainda existem e são essenciais para serem utilizadas como uma boa fonte de informações.
Salvar caminhos no GPS contra memorizar caminhos no mapa
Você pode usar o seu GPS para deixar um rastro virtual, que permite que você siga o seu caminho se você se perder. Você não precisa digitar manualmente nada, o GPS vai marcá-los automaticamente para você na distância especificada antes de sua viagem e poderá salvar também suas rotas preferidas.
Já com um mapa, na maior parte das vezes, salvar uma rota preferida significa fazer anotações e rabiscos, misturados com um pouco de memorização. É uma boa forma de trabalhar a mente e suas habilidades de planejamento. O GPS automatiza todo esse processo para você, sem nenhum esforço. Memorizar a rota com um mapa e atualizá-la com novas informações sempre é algo diferente e pode ter informações e anotações mais completas que um GPS, como se o atendimento de um posto é bom, quais os melhores restaurantes em uma estrada etc. Há GPS que permitem que você faça tais anotações, mas o papel e caneta é sempre mais rápido.
GPS não é um mapa é uma bússola
Um receptor GPS é muitas coisas, mas não é um substituto para um mapa e bússola. Como já dissemos, a bateria pode acabar, o satélite pode ser perdido, e muitas outras coisas podem acontecer que tornam o receptor GPS ineficaz. Um mapa não precisa de nada disso e você apenas precisará aprender algumas habilidades de leituras de mapas para conseguir traçar uma direção de forma tão eficiente quanto um GPS. Você pode, inclusive, usar serviços como o Google Maps e imprimir um mapa personalizado, misturando um pouco o uso da tecnologia digital com a “analógica”.
Quem vence: o GPS ou os mapas?
Os receptores GPS são tão bons quanto os mapas. Os receptores GPS estão obrigados a se tornar uma parte mais íntima de nossas vidas à medida que mais pessoas se sentem confortáveis com a tecnologia. Mais e mais carros vem com o GPS como item de série. Se você estiver usando um receptor GPS ao dirigir, eles não são capazes de reconhecer obstáculos em seus caminhos, por isso tanto um desvio da estrada ou um rio vão exigir-lhe que reconsidere a sua rota. Por esta razão, é improvável que os mapas se tornarão obsoletos.
O ideal é o uso conjunto destas duas ferramentas. Uma viagem será feita de forma mais segura, com garantias para todos os envolvidos e com um planejamento emergencial. O mais importante é você pensar o seguinte: GPS e mapas não são sistemas concorrentes, mas sim, complementares. Mapas online podem unir os dois e dar muitas informações na hora de planejar uma viagem, assim como o GPS e um mapa em mãos pode ajudar na hora de fazer mudanças durante uma viagem, além de prepará-lo melhor para imprevistos de percurso. Seja sábio e combine o melhor do que os dois sistemas poderão te oferecer.
Sobre o autor
O pai de André já teve alguns carros clássicos antes de falecer, como Diplomata, Chevette e Opala. Após completar 18 anos, tirou carteira de moto e carro, comprando então sua primeira moto, uma Honda Sahara 350. Fez um curso de mecânica de motos para começar uma restauração na moto, e acabou aprendendo também como consertar alguns problemas de carros. Seu primeiro carro foi uma Nissan Grand Livina de 2014 e pretende em breve comprar uma picape diesel. No caminho, vai compartilhando tudo que aprende no site Carro de Garagem.
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